segunda-feira, 10 de outubro de 2016

L.A.M 3°Temp Cap 38

                           Cap 38


Anteriomente...
- O que¿! Mais filhos¿! Demetria! – Exclamei assustada, as fazendo rir de mim novamente.

7 meses depois...

(Seu Nome) On

- Chegamos. Mila, Sel eu vou à frente, vocês duas nas laterais em volta de todas, estejam atentas, aqui é seguro, mas todo cuidado é pouco. – Anunciei séria,elas assentiram,sai do carro, Demi com Sam no colo logo veio atrás de mim, minha mãe ao seu lado com Mel em seu colo, Laur, DJ com Enzo em seu colo, mani, Ally, Miles, Ari e meu pai também estavam ali.
Fizemos a formação que treinamos, deixando eu a frente, Sel a minha direta, Mila a esquerda e meu pai atrás, fazendo assim um circulo protetor, começamos a caminhar até o casarão antigo a nossa frente, tinha portas grandes de carvalho mal polidas, madeiras em um tom cinza, maltratadas pelo tempo, janelas tortas com vidros empoeirados e esquadrilho antigo, em uma clareira com uma floresta densa a volta ,a única entrada tinha um portão enorme preto enferrujado que rangia e se debatia com os ventos durante a noite, um cenário perfeito pra um filme do conde Drácula ou de uma casa amaldiçoada,tinha até um cemitério da família que morou ali,próximo da orla da floresta.
- Caralho! Essa casa deve ter uns 200 anos e tem até um cemitério! Não podia ser um esconderijo que fosse menos cenário de filme de terror não, (Seu Apelido) ¿! – Dinah perguntou em tom alto, eu sorri. Parei de andar quando chegamos ao pé da pequena escada que levava a porta, me virei pra elas.
- Com medo DJ¿ - Perguntei sorrindo de uma forma macabra. Vi ela levantar uma sobrancelha pra mim.
- Não, puf! Mas podia ser um lugar mais bonitinho né¿ - Disse arrancando risos de todas.
- Aquilo é uma gárgula¿ - Laur perguntou apontando pra uma das sacadas, meio destruída, da casa. Olhei naquela direção.
- É sim, laur, mas... - Deixei a frase morrer no ar, meu rosto se contorcendo em confusão.
- Mas¿ Vai me dizer que ela não estava ai antes¿ - Miley quem perguntou dessa vez, deixando seu medo aparente.
- Exatamente isso, ela não estava ai antes. – Respondi-a confusa, olhei para o meu pai procurando uma resposta.
- Essa situação ta cada vez pior, agora são gárgulas, daqui a pouco vai aparecer uma bruxa, o conde Drácula... – Ariana disse exasperada e dando um passo para o lado de Miley. Enzo se encolheu no colo de Dinah, resmungando algo, a polinésia acariciou seus cabelos e o abraçou em forma de proteção.
- Não se preocupem meninas, aqui é seguro. Esse casarão foi da família Black no inicio do século passado, e bom quem morou aqui esta lá, talvez vocês queiram conhecer, tia Petúnia diziam que ela era divertidíssima. – Meu pai comentou em tom sério/brincalhão, apontou para o cemitério e pegou uma chave no seu bolso e tomou a frente em direção a porta, todas as meninas arregalaram os olhos olhando pro cemitério e depois pro meu pai, eu ri.
- Amor... Podemos entrar logo, lá dentro deve ser melhor que aqui fora. – Demi pediu, assenti e fui em sua direção,peguei nossa filha adormecida em seu colo e a trouxe pro meu,lhe dei um selinho e olhei em seus olhos.
- Vai dar tudo certo, vamos resolver tudo isso e voltaremos pra casa logo, você vai ver. Eu prometo. – Disse pra ela em forma de passar segurança, ela assentiu e entrelaçou nossas mãos enquanto com a outra eu segurava nossa filha e a aninhava em meu corpo.
Logo todos entraram no casarão e nos instalamos, naquele mesmo dia fui com meu pai buscar as famílias das meninas, protegeríamos todos, não iríamos perder ninguém, custe o que custar.

Narrador On

Dois meses antes...

O nascimento das gêmeas foi uma alegria para a família toda! Mas com o passar de poucos meses, o comportamento de (Seu Nome) mudou. A morena estava tendo reuniões frequentes com seu pai, ora em sua casa outrora na casa de seus pais. Demi começara a estranhar, mas mal sabia ela, do medo que atormentava sua esposa.
Seu “sonho” sobre uma guerra, havia se repetido diversas vezes depois das gêmeas completarem um mês, isso a fez se lembrar das palavras de Joshua. “... você tem até os seis meses dessas cadelinhas para se decidir você ou elas e sua família!”
(Seu Nome) decidiu consultar seu pai,para saber se suas suspeitas de perigo,estavam certas.
Nos três meses que se seguiram, ela e seu pai consultaram o ancião de sua família, seu avô um homem sábio e de muita responsabilidade.
Este que somente confirmou as suspeitas de perigo pressentidas pela neta e filho lhes disse que a única alternativa, era fazer a moda antiga. Pedir auxilio as matilhas de todo o mundo, pois era um inimigo em comum,os frios, e uma ameaça como aquela de um ritual macabro com sangue de lobos daria poder a eles,caso não fossem impedidos um poder que poderia extinguir a humanidade ou escraviza-la junto de todas as outras raças!
Mas para isso muita coisa precisava ser feita, muita coisa precisava ser dita, e principalmente (Seu Nome) precisava abrir o jogo com sua esposa e amigas, essas que a morena se referia como sua família, sua matilha e a qual seria capaz de enfrentar qualquer perigo.
Quando as gêmeas completaram cinco meses, (Seu Nome) contou tudo. Contou a sua matilha/família que Joshua era um frio, um vampiro e o porquê de ter ido a sua casa, o significado de suas palavras, que eram uma ameaça a todos eles, seria o sangue dela ou o de todas ali, foi um choque geral. Junto disso teve que abrir o jogo mais ainda, contou que desde que os sequestros de sua esposa e Ally, havia dado o seu “jeitinho” e colocou rastreadores com sensor de digital nos celulares de todas, toda vez que o sensor detectava uma saída da cidade e uma digital fora do seu banco de dados,um aviso era enviado diretamente ao celular da morena.
Após tudo ser revelado, o plano arquitetado por (Seu Nome) e seu pai, foi colocado em pratica. Precisariam de um esconderijo, seguro pra todos, com todos os suprimentos necessários, pra talvez meses... e principalmente um centro de treinamento.


Narrador Off / Demi On

Dias atuais...

Tudo está tão confuso, tão perigoso. Para a mídia eu e também todas as meninas tiramos férias para ficar com nossas famílias, pra eles iremos viajar, ver parentes. Quando na verdade estamos nos escondendo de um perigo que pra muitos não existe e pra outros que acreditam são tachados de loucos. E pensar que quase um ano atrás, eu não acreditava, até descobrir que duas das minhas melhores amigas e a mulher que eu amo são seres sobrenaturais, são lobas.
Mas isso não me assustou, eu me acostumei e as amo do mesmo jeito, mesmo sabendo de todos os riscos e perigos, eu confio nelas, principalmente na minha mulher.
Nos mudamos provisoriamente pra um casarão, isso parece cena de filme,porque estamos na Transilvânia na área mais afastada a orla de um floresta densa e obscura,na verdade tudo aqui parece obscuro. O casarão começa por uma grande sala de estar logo na entrada, uma escadaria larga de madeira com um tapete vermelho empoeirado ao centro da sala que da entrada a seis corredores, três do lado direito e três do lado esquerdo, cada um deles com oito quartos de casal cada. Ao pé da escada, do lado direito uma porta cinza aparentemente de ferro com pegadores grandes com gárgulas os enfeitando, se mantém fechada, já do lado esquerdo se abre um corredor escuro, onde segundo o meu sogro leva a uma cozinha digna de um palácio e um refeitório enorme, ainda na sala de estar da casa existem dois corredores, um de cada lado, no meio da sala, um deles leva a uma grande biblioteca e a um escritório, o outro leva ao jardim e a uma sala de jantar gigantesca. O quarto onde eu, a (Seu Apelido) e as crianças vamos ficar, fica entre o quarto da Mila com a Laur e o da Miles com a Sel, o nosso é o maior quarto do corredor, por causa das crianças, tem uma cama de casal enorme no centro, um criado mudo de cada lado, três berços a direita a menos de 1 metro da cama, um guarda-roupa do chão até o teto do lado esquerdo, uma porta de frente pra cama onde é o banheiro, um espelho de corpo inteiro ao lado e... Uma janela grande, que da uma vista linda e ao mesmo tempo sombria da floresta.

(Seu Apelido) me ajudou a desfazer as malas e a acomodar as crianças antes de ir buscar os outros com seu pai. Enzo, Mel e Sam cansados da viagem dormem como anjinhos em seus berços, Enzo já tem dois anos e está esperto a tudo, nos faz muitas perguntas sobre o que está acontecendo e eu tenho meu coração apertado o vendo metido nisso tudo sem poder entender o que esta acontecendo, Mel e Sam somente balbuciam, ainda tem sete meses recém-completos, pouco entendem o que estamos dizendo muitas vezes, quem dirá o que esta acontecendo. Suspiro alto e vou em direção ao banheiro  para tomar um banho e relaxar um pouco disso tudo, o único medo que tenho é de perder a minha família.